quinta-feira, 20 de junho de 2013

Metabolismo nitrogenado

VISÃO GERAL

     Ao contrário do que ocorre com as gorduras e os carboidratos, os aminoácidos não são armazenados pelo organismo, isto é, não há proteínas cuja função seja manter um suprimento de aminoácidos para utilização posterior. Assim os aminoácidos devem ser obtidos da dieta, sintetizados de novo ou produzidos pela degradação protéica normal. Quaisquer aminoácidos em excesso em relação às necessidades boissintéticas da célula são rapidamente degradados.
     A primeira fase do catabolismo envolve a remoção dos grupos -amino (em geral por transaminação e subsequente desaminação oxidativa), formando amônia e o -cetoácidocorrespondente – os “esqueletos catbonados” dos aminoácidos. Parte da amônia livre é secretada na urina, mais a maior parte é utilizada na síntese de ureia – quantitativamente a via mais importante para o descarte do nitrogênio do organismo.

     Na segunda fase do catabolismo dos aminoácidos, os esqueletos carbonadosdos -cetoácidos são convertidos em intermediários comuns das vias metabólicas produtoras de energia. Esses compostos podem ser metabolizados a CO2 e H2O, glicose, ácidos graxos ou corpos cetônicos pelas vias centrais do metabolismo. 





Metabolismo dos ácidos graxos

     Grande parte dos ácidos graxos usados pelo organismo é suprida pela dieta. Quantidades excedentes de proteínas, carboidratos e outras moléculas podem ser convertidas em ácidos graxos, que são armazenados como triacilgliceróis. A síntese de ácidos graxos ocorre principalmente no fígado. O processo incorpora carbonos da acetil-CoA na cadeia de ácido graxo em crescimento, usando ATP e NADPH.
1- A produção de acetil-CoA
     A primeira etapa da síntese de ácido graxo é a transferência de unidades de acetato para o citosol, a Partir da acetil-CoA mitocondrial. A coenzima A, não pode atravessar a membrana mitocondrial. Somente a porção acetila pode ser transportada para o citosol. Isso acontece na forma de citrato (oxalato + acetil-CoA). Na matriz mitocondrial ocorre a clivagem do citrato pela ATP-citrato-liase, que o converte em oxalato e acetil-CoA novamente.  
2- Formação de malonil-CoA a partir da carboxilação de acetil-CoA
     A energia para as condensações carbono-carbono na síntese de ácidos graxos é suprida pelo processo de carboxilação e descarboxilação dos grupos acetilas no sitosol. A carboxilação de acetil-CoA para formar malonil-CoA é catalisada pela acetil-CoA carboxilase e requer HCO3- e ATP.
3- Ácido graxo-sintetase
     Nesta terceira etapa ocorre um conjunto de sete reações comandadas pela enzima multifuncional Ácido graxo-sintetase. O resultado dessas reações é a produção de um composto com quatro carbonos (buritil). Esse ciclo de reação é repetido mais cinco vezes, cada vez incorporando uma unidade de dois carbonos. Quando ácido graxo atinge o comprimento de 16 carbonos, o processo de síntese é terminado com o palmitoil-S-ACP.

          



quarta-feira, 12 de junho de 2013

Respiração Celular – Parte 2: Ciclo de Krebs





     O Ciclo de Krebs, também chamado de ciclo do ácido cítrico, ou ainda ciclo dos ácidos tricarboxilícos, desempenha várias funções no metabolismo. É a via final para onde converge o metabolismo oxidativo dos carboidratos, dos aminoácidos e dos ácidos graxos. O ciclo ocorre totalmente na mitocôndria, é uma via aeróbia, pois o oxigênio funciona como aceptor final dos elétrons. A maior parte das vias catabólicas do organismo converge para o ciclo de Krebs. Algumas reações, como por exemplo  o catabolismo de certos aminoácidos, produzem intermediários do ciclo e são chamadas de reações anapleróticas. O ciclo do ácido cítrico também participa de diversas reações de síntese, por exemplo: atua na formação de glicose e fornece blocos construtores para a síntese de alguns aminoácidos. 



fonte: www.essaseoutras.xpg.com.br
                               


Respiração Celular – Parte 1: Glicólise





     A glicólise é um processo metabólico de quebra da glicose, que tem objetivo de fornecer energia em forma de ATP e intermediários para outras vias metabólicas. Essa via é o centro do metabolismo dos carboidratos, um vez que qualquer glicídio pode ser transformado em glicose. A glicólise é constituída de dez reações que acontecem em cascata, ou seja, o produto de uma reação é o substrato para a reação seguinte, neste caso temos uma glicólise aeróbia, pois é necessário a presença do oxigênio para a oxidação do NADH formado durante a oxidação do gliceraldeído-3-fosfato. O produto final da glicólise aeróbia é o piruvato, que sofrerá posteriormente descarboxilação oxidativa, sendo convertido em acetil-CoA, o principal combustível do Ciclo de Krebs.   

fonte: www.infoescola.com     
                                                    





quinta-feira, 6 de junho de 2013

Metabolismo dos lipídeos

1- PROCESSAMENTO DOS LIPÍDEOS NO ESTÔMAGO
     A digestão dos lipídeos começa no estômago. Essa reação inicial é catalisada pela enzima lipase lingual, que se origina de glândulas localizadas na língua. As moléculas lipídicas degradadas por essa enzima são formadas por cadeias curtas ou médias (com menos de 12 carbonos). Essas mesmas moléculas são também degradas por outra enzima, a lipase gástrica, que é secretada pela mucosa do intestino.
2- EMULSIFICAÇÃO DOS LIPÍDEOS NO INTESTINO DELGADO
     O processo de emulsificação dos lipídeos ocorre no duodeno. A função da emulsificação é aumentar a área da superfície dos lipídeos, para que as enzimas digestivas tenham uma maior área de contato com o substrato, tornando mais eficiente a reação de degradação. A emulsificação é realizada por meio de dois processos: o uso das propriedades detergentes dos sais biliares e o peristaltismo do intestino, que mistura o bolo alimentar. Os sais biliares são produzidos no fígado e armazenados na vesícula biliar.
3- DEGRADAÇÃO DOS LIPÍDEOS POR ENZIMAS PANCREÁTICAS
     Os triglicerídeos, os ésteres e os fosfolipídeos são digeridos por enzimas pancreáticas. Estas por sua vez, têm sua secreção controlada por hormônios. As células da mucosa do jejuno e do duodeno produzem um hormônio chamado colecistocinina (CCK), quando detectam lipídeos parcialmente digeridos que entram nas regiões do intestino delgado. A CCK age sobre a vesícula biliar (fazendo-a liberar a bile), e sobre o pâncreas (fazendo-o liberar enzimas digestivas).
4- ABSORÇÃO DE LIPÍDEOS PELAS CÉLULAS DA MUCOSA INTESTINAL
     Os ácidos graxos e o colesterol são os principais produtos da digestão dos lipídeos. Essas substâncias em conjunto com os sais biliares e as vitaminas lipossolúveis, formam as micelas. Essas partículas se aproximam do principal meio de absorção de lipídeos, as células da mucosa intestinal, onde são absorvidas pelo organismo.   
BIOGRAFIA:
_ Champe,P.,Harvey,R.,Ferrier,D.,Bioquímica ilustrada,4ª edição.Editora Artmed.Porto Alegre,2009.

Carboidratos

     Os carboidratos são as moléculas orgânicas mais abundantes na natureza. Exercem diferentes funções no organismo, como por exemplo o fornecimento e armazenamento de uma boa parte da energia utilizada pelos seres vivos, bem como participação na estrutura da membrana celular, favorecendo algumas formas de comunicação entre o interior da célula e seu meio externo. Eles também atuam como componentes estruturais de alguns seres, por exemplo: compõem a parede celular de algumas bactérias, o exoesqueleto de muitos insetos e as fibras de celulose das plantas.
     Os monossacarídeos, também conhecidos como açucares simples, são classificados de acordo com o número de átomos de carbono que possuem.

3 carbonos: trioses
4 carbonos: tetroses
5 carbonos: pentoses
6 carbonos: hexoses
7 carbonos: heptoses


     Os monossacarídeos podem se unir através de ligações glicosídicas, formando estruturas maiores. Os dissacarídeos são carboidratos formados pela união de dois monossacarídeos, os oligossacarídeos podem conter de 3 a 10 monossacarídeos em suas estruturas e os polissacarídeos contêm mais de 10 unidades, podendo chegar a centenas de monossacarídeos.
    
DISSACARÍDEOS IMPORTANTES
Lactose (galactose + glicose)
Sacarose (frutose + glicose)
Maltose (glicose + glicose)
POLISSACARÍDEOS IMPORTANTES
Glicogênio (proveniente de fontes animais)
Amido (fontes vegetais)
Celulose (fontes vegetais)
Obs: todos são polímeros de glicose.