terça-feira, 29 de abril de 2014

Escolas públicas brasileiras com bons resultados

   Família integrada à escola, professores qualificados e engajados, incentivo à leitura, aulas de reforço, comunidade participativa e horário integral são alguns dos ingredientes necessários para um bom rendimento escolar. A notícia a seguir cita as três escolas públicas brasileiras, que se utilizando destes princípios, conseguiram os melhores resultados no Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb).  


Ideb: escolas com notas altas contam a receita do sucesso

14/08/2012 - 19h10
Paula Laboissière, Fernando César Oliveira e Isabela Vieira
Repórteres da Agência Brasil
Brasília, Curitiba e Rio de Janeiro - Bom relacionamento entre os pais e a escola, o incentivo à leitura, baixa rotatividade no quadro de funcionários e aulas de reforço são pontos em comum entre as três escolas públicas municipais com as notas mais altas no Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb), divulgado hoje (14) pelo Ministério da Educação.
No Centro Integrado de Educação Pública (Ciep) Glauber Rocha, na zona norte do Rio de Janeiro, um livro na mão, uma ideia na cabeça é a filosofia. Com nota 8,5 (em uma escala de 0 a 10), a escola tem cerca de 550 estudantes da pré-escola ao 5º ano. Apesar das turmas cheias, a avaliação dos professores e funcionários é que o resultado reflete os pilares do projeto pedagógico: "leitura, reforço e família".
Situada em um bairro com alguns dos piores índices socioeconômicos da capital fluminense, a diretora Ioliris Paes, que comanda o centro há 15 anos, conta que já precisou resgatar panelas roubadas em um ferro velho. "Um pai me contou onde estavam e eu fui buscar", revelou sobre o episódio, em 2002, o último de uma série de saques à escola em 25 anos.
Com a abertura da unidade escolar à comunidade, horário integral, dedicação exclusiva de 80% dos professores, contratação de estagiários para aulas de reforço e 5 mil títulos na biblioteca que podem ser emprestados aos alunos e suas famílias, o colégio Glauber Rocha coleciona resultados positivos. Em 2009, no último Ideb, conseguiu nota 6,7, antecipando a meta prevista para 2021.
O incentivo à leitura e a pouca troca de funcionários também é a receita de sucesso da Escola Municipal Carmélia Dramis Malaguti, de Itaú de Minas (MG), que tirou a nota mais alta no Ideb: 8,6. À frente de 250 alunos da educação infantil ao 5ª ano, a maioria de classe média, a diretora Maria Flávia de Oliveira diz que os colaboradores "tem um espírito de pertencimento."
O entrosamento da escola com a família, além da formação continuada dos professores, asseguram o bom desempenho do colégio no Ideb "O município tem um compromisso com a formação continuada do professor e isso é fundamental", destaca Maria Flávia.
Empatada com a escola de Minas Gerais, está a Escola Municipal Santa Rita de Cássia, de Foz do Iguaçu (PR), que também investe na valorização dos funcionários. "Nosso diferencial é o trabalho conjunto", disse a diretora Shirlei Carvalho. Lá, aulas de reforço também ajudam a corrigir deficiências no aprendizado dos alunos, assim como na escola Glauber Rocha, no Rio.
A escola do Paraná - com aproximadamente 200 alunos sendo, no máximo, 30 por sala de aula - também colhe os frutos da aposta no atendimento individualizado e no envolvimento da família com o ambiente escolar. "Procuramos trazer os pais para dentro do espaço escolar, inclusive levando-os em passeios culturais com seus filhos, porque sabemos que a participação deles é fundamental", diz a diretora.
A unidade não tem uma biblioteca, mas dribla o problema oferecendo um conjunto de obras literárias infanto-juvenis na própria sala de aula e fazendo um "trabalho de base" desde a pré-escola. Atividades ao ar livre e culturais são outras formas usadas para conseguir atenção dos estudantes.
Edição: Carolina Pimentel
 


Ideb: escolas com notas altas contam a receita do sucesso. Disponível em:

Maioria dos professores do país não atuam em sua área de formação


11/04/2014 - 14:11

Ensino fundamental

Apenas 32,8% dos professores têm formação específica

Número se refere a docentes do ensino fundamental. No ensino médio a porcentagem sobe um pouco, mas mesmo assim não passa dos 48,3%

Escola Municipal de Ensino Fundamental Deputado Rogê Ferreira, no bairro do Jaraguá, em São Paulo (SP)
Escola Municipal de Ensino Fundamental Deputado Rogê Ferreira, no bairro do Jaraguá, em São Paulo (SP) (Raquel Cunha/Folhapress )
Mais um índice negativo foi divulgado esta semana para constatar as deficiências do ensino brasileiro: apenas 32,8% dos professores que trabalham nas séries finais do ensino fundamental (5º ao 9º anos) têm licenciatura na área em que atuam. Os dados são do Censo Escolar 2013 e foram compilados pela ONG Todos Pela Educação.

A situação, que já é preocupante, fica mais grave na disciplina de artes, que tem apenas 7,7% dos docentes com formação específica. Nas turmas de filosofia, só 10% dos professores tem curso superior na área. A matéria menos prejudicada é a de língua portuguesa, que tem 46,7% dos professores com formação.
DISCIPLINA (ENSINO FUNDAMENTAL)PORCENTAGEM DE FORMADOS NA ÁREA EM QUE ATUAM
Matemática
35,9%
Língua Portuguesa
46,7%
Ciências
34,2%
História
31,6%
Geografia
28,1%
Filosofia
10%
Artes
7,7%
Educação Física
37,7%
Língua Estrangeira
37,6%

Uma das metas do Plano Nacional de Educação, ainda em discussão na Câmara dos Deputados, prevê que 100% das escolas tenham professores com formação específica em nível superior na área em que atuam em 2022.

As regiões Norte e Nordeste apresentam as piores taxas: apenas 17,6% e 18,1% dos professores têm curso superior para a disciplina que lecionam, respectivamente.

No ensino médio a porcentagem sobe um pouco, mas não passa dos 48,3%. Nessa etapa de ensino, a disciplina de artes novamente é a mais prejudicada, com 14,9% dos professores formados em alguma licenciatura relacionada às artes, que pode ser educação artística, artes visuais, dança, música ou teatro.

Ainda de acordo com o Censo Escolar, o Brasil tem 458.807 professores sem diploma de ensino superior – 21,9% de um total de 2.095.013 docentes em atividade. Desses, cerca de 2.000 não terminaram sequer o ensino fundamental.


_ Apenas 32,8% dos professores têm formação específica. Disponível em:

BEBERIBE SE DESTACA EM CONCURSO DE REDAÇÃO

       
   No dia 29 de novembro de 2013, Maria Suzana Pereira Alves, aluna do 5º ano da Escola Municipal Mário Alencar, na localidade de Choró-SOEVER, em Beberibe, foi premiada pelo Programa Agrinho, por conquistar o 1º lugar na categoria “Redação 4º e 5º ano”. Outra escola de Beberibe também se destacou na categoria “Redação do 6º ao 9º ano”, ficando a aluna Gabriela de Aquino Silva, da Escola Municipal Adélia Barros Colaço, na localidade de Lagoinha com a 7ª colocação no quadro geral. A cerimônia de premiação ocorreu no Centro de Negócios do Sebrae, em Fortaleza. Na ocasião, a aluna Maria Suzana Pereira Alves recebeu como prêmio pelo seu bom desempenho, um televisor e um DVD player. E a aluna Gabriela de Aquino Silva recebeu um aparelho de som.

   O Programa Agrinho é uma iniciativa do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-AR/CE). Atinge atualmente 39 municípios, difundindo nas escolas temas como cidadania, meio ambiente, educação e saúde. Em Beberibe cerca de 7mil alunos de escolas públicas do 2º ao 9º já participaram do Concurso Agrinho.

_ Premiação Agrinho: Beberibe é destaque nos concursos de redação. Disponível em:

Resenha Crítica: "Pro Dia Nascer Feliz"

   Quando nos defrontamos com o tema educação, mais especificamente educação brasileira, tomamos de ímpeto a postura de julgadores e/ou de vítimas de um sistema educacional falho. Sem dúvida podemos culpar as esferas superiores, que negligenciam a importância da educação. Também temos o direito de nos pormos como vítimas, já que desde muito cedo somos “empurrados” por uma junta de colaboradores muitas vezes inertes (escola, família, comunidade), que por sua vez já foram contaminados por uma acomodação cultural.
   Vários exemplos de descuido com a educação são citados no documentário “Pro Dia Nascer Feliz”. Escolas com infraestruturas precárias; crianças que saem do ensino fundamental sem as habilidades necessárias para enfrentar o ensino médio, aumentando assim a evasão escolar nesse período; situações conflitantes entre alunos e professores; proximidade de crianças e jovens com a criminalidade e o mundo das drogas; professores descapacitados; famílias mal estruturadas. Em contraponto nos deparamos com escolas modelo, que apresentam um corpo docente motivado, boa infraestrutura, nível educacional elevado, alunos interessados e que realmente assumem o ofício de aprender. Infelizmente esse tipo de escola no Brasil ainda não é maioria.
   “Pro dia nascer feliz”, nos proporciona uma visão múltipla da origem do problema educacional brasileiro. Não existe um só culpado, muito menos uma só vítima. Somos ambos. O professor acomoda-se por ver o desinteresse do aluno, ou por não ser bem remunerado. O aluno não ver perspectiva alguma na educação, pois sua família e comunidade refletem essa visão. E é desta forma desajustada que boa parte das escolas brasileiras caminha, rumo a um futuro não muito promissor.

   Como já citado, a origem do problema é múltipla, então a solução também é. Governo, escola, comunidade, família e o próprio discente deve ter plena consciência de suas responsabilidades para com a educação, pois nesta esfera, tratamos não só de interesses individuais, mas também do futuro de uma nação inteira.


Documentário: Pro Dia Nascer Feliz. Disponível em:

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Educação Terceirizada

   Qual o problema com a educação brasileira?
   A resposta para essa pergunta, de acordo com a maioria dos brasileiros, estaria relacionada à problemas envolvendo as más ações do governo perante a educação, como por exemplo a falta de investimentos em infraestrutura, em capacitação do corpo docente e etc. Mas a culpa quase nunca é jogada para os pais, que por acharem a escola o único local onde se pode receber uma boa educação, acabam por abandonar a vida escolar do filho, deixando-o a mercê de um ambiente que muitas vezes eles nem conhecem. Esta é uma forma de terceirização da educação, já que os pais passam toda a responsabilidade educacional do filho para a escola.
   Devemos tomar a educação como responsabilidade não só das instâncias governamentais, mas também nossa, da família e da sociedade em geral, pois uma boa educação sempre começa em casa.



Educação

Opinião

Os problemas da educação no Brasil

Os pais não podem simplesmente terceirizar para as escolas a responsabilidade de educarem os seus filhos
por Paulo Yokota — publicado 14/04/2014 13:19

  Quando se pergunta à população brasileira, em uma pesquisa de opinião, qual seria o problema fundamental do Brasil, a maioria indica a precariedade da educação. Os entrevistados costumam apontar que o sistema educacional brasileiro não é capaz de preparar os jovens para a compreensão de textos simples, elaboração de cálculos aritméticos de operações básicas, conhecimento elementar de física e química, e outros fornecidos pelas escolas fundamentais.
  Esses conhecimentos são testados em pesquisas internacionais como o PISA (Programme for International Student Assessment) da OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico e coordenado no Brasil pelo INEP - Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
  No PISA os países asiáticos estão apresentando os melhores resultados, possivelmente diante do valor atribuído à educação por influência de nomes como o filósofo Confúcio, que não se restringe ao conhecimento formal, enquanto o Brasil não apresenta resultados satisfatórios.
  Certa vez, participava de uma reunião de pais e professores em uma escola privada brasileira de destaque e notei que muitos pais expressavam o desejo de ter bons professores, salas de aula com poucos alunos, mas não se sentiam responsáveis para participarem ativamente das atividades educacionais, inclusive custeando os seus serviços. Se os pais não conseguiam entender que esta aritmética não fecha e que a sua aspiração estaria no campo do milagre, parece difícil que consigam transmitir aos seus filhos o mínimo de educação.
  Para eles, a educação dos filhos não se baseia no aprendizado dos exemplos dados pelos pais.
  Que esta educação seja prioritária e ajude a resolver os outros problemas de uma sociedade como a brasileira parece lógico. No entanto, não se pode pensar que a sua deficiência depende somente das autoridades. Ela começa com os próprios pais, que não podem simplesmente terceirizar esta responsabilidade.
  Para que haja uma mudança neste quadro é preciso que a sociedade como um todo esteja convencida que todos precisam contribuir para tanto, inclusive elegendo representantes que partilhem desta convicção e não estejam pensando somente nos seus benefícios pessoais.
  Sobre a educação formal, aquela que pode ser conseguida nos muitos cursos que estão se tornando disponíveis no Brasil, nota-se que muitos estão se convencendo que eles ajudam na sua ascensão social, mesmo sendo precários. O número daqueles que trabalham para obter o seu sustento e ajudar a sua família, e ao mesmo tempo se dispõe a fazer um sacrifício adicional frequentando cursos até noturnos, parece estar aumentando.
  A demanda por cursos técnicos que elevam suas habilidades para o bom exercício da profissão está em alta. É tratada como prioridade tanto no governo como em instituições representativas das empresas. O mercado observa a carência de pessoal qualificado para elevar a eficiência do trabalho.
  Muitos reconhecem que o Brasil é um dos países emergentes que estão melhorando, a duras penas, a sua distribuição de renda. Mas, para que este processo de melhoria do bem estar da população seja sustentável, há que se conseguir um aumento da produtividade do trabalho, que permita também o aumento da parcela da renda destinada à poupança, que vai sustentar os investimentos indispensáveis.
  A população que deseja melhores serviços das autoridades precisa ter a consciência de que uma boa educação, não necessariamente formal, é fundamental para atender melhor as suas aspirações.

    

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Analfabetismo no Brasil

     De acordo com relatório da ONU , analisando 150 países, o Brasil ocupa o 8º lugar no índice de analfabetismo adulto. Cerca de 8,7% dos brasileiros maiores de quatorze anos são analfabetos, o que corresponde a 13,2 milhões de pessoas no Brasil.
     Má qualidade na educação, falta de treinamento adequado para professores, infraestruturas escolares precárias, são alguns dos problemas que a educação brasileira enfrenta a muito tempo e que desencadeiam um desarranjo educacional que começa ainda nas séries iniciais e, com efeito dominó, se estende até o ensino superior, ou seja, até a formação do próprio educador.




Brasil é o 8° país com maior número de

  

analfabetos adultos, diz Unesco


Relatório mapeou os principais desafios da educação no mundo.
Dos 150 países analisados, apenas 41 atingiram meta de investimento.



Um relatório divulgado nesta quarta-feira (29) pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) aponta que o Brasil aparece em 8° lugar entre os países com maior número de analfabetos adultos. Ao todo, o estudo avaliou a situação de 150 países.
De acordo com a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2012 e divulgada em setembro de 2013, a taxa de analfabetismo de pessoas de 15 anos ou mais foi estimada em 8,7%, o que corresponde a 13,2 milhões de analfabetos no país.
Em todo o mundo, segundo o 11° Relatório de Monitoramento Global de Educação para Todos, da Unesco, há 774 milhões de adultos que não sabem ler nem escrever, dos quais 64% são mulheres. Além disso, 72% deles estão em dez países, como o Brasil. A Índia lidera a lista, seguida por China e Paquistão.
O estudo também mapeou os principais desafios da educação no planeta. A crise na aprendizagem não é só no Brasil, mas global. Para a Unesco, o problema está relacionado com a má qualidade da educação e a falta de atrativos nas aulas e de treinamento adequado para os professores.
No Brasil, por exemplo, atualmente menos de 10% dos professores estão fazendo cursos de formação custeados pelo governo federal, segundo dados do Ministério da Educação (MEC). Entre os países analisados, um terço tem menos de 75% dos educadores do ensino primário treinados.
Sobre os investimentos na área, das 150 nações analisadas, apenas 41 atingiram a meta da Unesco, ou seja, aplicaram em educação 6% ou mais de seu Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas geradas. O Brasil é um deles, mas o gasto anual por aluno da educação básica é de cerca de R$ 5 mil. Em países ricos, esse valor é três vezes maior.
Meta até 2015
No Fórum Mundial de Educação realizado em 2000, 164 países (entre eles, o Brasil), 35 instituições internacionais e 127 organizações não governamentais (ONG) adotaram o Marco de Ação de Dacar, em que se comprometem a dedicar os recursos e esforços necessários para melhorar a educação até 2015.
Na ocasião, foram traçados seis objetivos: os países devem expandir os cuidados na primeira infância e na educação; universalizar o ensino primário; promover as competências de aprendizagem e de vida para jovens e adultos; reduzir o analfabetismo em 50%; alcançar a paridade e igualdade de gênero; e melhorar a qualidade da educação.
Segundo o relatório da Unesco, esse compromisso não deve ser atingido globalmente, apesar de alguns países terem apresentado avanços nos últimos anos.
Em todo o mundo, a taxa de alfabetização de adultos passou de 76% para 82% entre os períodos de 1985-1994 e 1995-2004. Mas, por região, os índices ainda permanecem bem abaixo da média na Ásia Meridional e Ocidental e na África Subsaariana (ao sul do deserto do Saara), com aproximadamente 60%. Nos Estados Árabes e no Caribe, as taxas estão em cerca de 70%.
Notícia retirada do G1, com informações do Bom Dia Brasil.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Gestão Educacional

     O desenvolvimento de um ensino significativo, interdisciplinar e de qualidade é um dos pré-requisitos para se atingir a formação de indivíduos críticos e participativos. Para tanto, os diferentes setores educacionais devem trabalhar de forma colaborativa, engajados em objetivos comuns, e não de forma individual.
     Para que o setor educacional atinja os seus objetivos, ou seja, forme cidadãos críticos, capacitados e com habilidades para entrarem no mercado de trabalho, faz-se necessário uma gestão entendida como sendo uma articulação consciente entre ações que se realizam no cotidiano da instituição escolar, bem como no âmbito político e social. A gestão escolar está dividida em três áreas que devem atuar de forma interligada:
     Gestão Pedagógica: Estabelece objetivos para o ensino; define linhas de atuação; propõe metas a serem atingidas; elabora conteúdos curriculares; acompanha e avalia o rendimento das propostas pedagógicas; avalia o desempenho dos alunos, do corpo docente e da equipe escolar como um todo.
     Gestão Administrativa: cuida da parte física (prédio e materiais) e da parte institucional (legislação escolar).
     Gestão de Recursos Humanos: lidar com pessoas; contornar problemas e questões de relacionamento humano.

     Outro tópico importante citado no artigo diz respeito à organização da gestão na realização do trabalho escolar. Esta organização está fundamentada em quatro princípios: planejamento, organização, direção e avaliação. O planejamento é a sistematização das ações que devem ser tomadas para a efetivação do aprendizado, levando em consideração a realidade da escola. A organização está voltada para uma utilização consciente e eficiente dos recursos (humanos e materiais) da instituição. A direção ocupa-se em acompanhar e avaliar o trabalho das pessoas, a fim de que os objetivos sejam alcançados. A avaliação é uma análise entre o planejamento e o que realmente foi feito, desta forma, permite aos trabalhadores uma visão mais ampla do que precisa ser melhorado em sua escola.


Artigo: A GESTÃO EDUCACIONAL E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A 
ORGANIZAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO ESCOLAR.
    

A atuação do Conselho Escolar

     O Conselho Escolar é um órgão criado para ser a voz das diferentes esferas de uma escola (núcleo gestor, professores, alunos, pais e comunidade). De acordo  diferentes pontos de vista, decidem sobre a construção do projeto político-pedagógico da instituição.
O presente artigo é um projeto de pesquisa que trata da atuação do Conselho Escolar de uma instituição de ensino no Paraná. O objeto de estudo da pesquisa foi a participação desse órgão na gestão democrática da instituição.

     O conselho, apesar de ser uma esfera que visa estimular a participação efetiva de todos e de exercício da cidadania, por muito não alcança seus reais objetivos. Na instituição em questão foram encontrados um grêmio estudantil inativo e uma Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) fazendo parte do Conselho. Percebeu-se que os conselheiros não tinham uma participação efetiva nas decisões da escola, uma vez que participar não é apenas estar presente, e sim ouvir e ser ouvido, afim de construir uma decisão  coletiva. Mas o que acontecia na realidade é que os conselheiros apenas eram informados de forma sucinta sobre as decisões já tomadas pela direção. Percebemos então que não existe o diálogo entre as partes, e sim uma mera transmissão de informação.


     Esse fato nos remete àquela velha história do comodismo brasileiro e do desconhecimento de como podemos e devemos agir perante as diferentes esferas da sociedade. 


Artigo:
Conselho Escolar: a comunidade participando da Gestão Escolar.       http://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/5991_3246.pdf